“A vida ama-te” de Louise Hay e Robert Holden (Opinião)

Editora: Pergaminho

Ano: 2015

1ª edição

Minha avaliação: 4/5 estrelas

            A vida é um caminho que não se faz sozinho, repleta de desafios, provas, sucessos e desilusões, por vezes torna-se um tornado de emoções completamente desorientado, que nos arrasta para longe daquilo que queremos e nos faz perder o foco nos nossos objetivos pessoais. Este livro revelou-se ser uma arma bastante potente contra possíveis tornados que se aproximem, ou até mesmo para ultrapassar os problemas causados por tornados já passados.

            Vamos numa viagem desde a implementação de práticas diárias, com o exercício do espelho e as afirmações, até à explicação da importância do perdão e da gratidão, entre muitos outros tópicos, que nos mostram como viver um dia a dia mais feliz.

            Aproveitar cada momento, porque a vida faz-se no agora! Não foi ontem ou vai ser daqui a bocado, se queremos ser diferentes e evoluir necessitamos pensar naquilo que somos capazes de conseguir agora, assim amanhã estaremos no caminho certo para conseguir melhorar.

            O amor não exclui ninguém, mas muitas vezes somos nós que não o deixamos chegar até nós, muitas vezes devido a experiências passadas que nós incutem o pensamento de que não somos dignos de receber e dar amor. No entanto, ao tomarmos consciência do que nos faz pensar assim tornamo-nos capazes de sair da caixa e encontrar a luz que nos falta. Os autores deste livro defendem que devemos questionar os nossos pensamentos, diferenciando os que tem uma base real dos que têm origem em vivências traumáticas, só assim podemos dizer “sim” ao amor.

“Se uma pessoa não souber mudar a sua mente, está condenada à impossibilidade de transformar a sua experiência.”

            Nesta obra o perdão é nos apresentado como uma outra arma que permite a vivência mais acentuada do amor, já que nos leva a um processo de cura que torna possível continuar a viver sem algo que nos arrasta até ao passado. Devemos deixar que o que já experimentamos tenha efeito em nós, mas nunca deixar que seja isso que nos define.

“O perdão fornece uma visão maravilhosa do futuro.”

            O corpo reflete pensamentos e crenças, por isso se vivermos com base no perdão e gratidão seremos capazes de tirar o melhor partido do dia a dia. Assim que nos vemos livres do nosso ego e deixamos a alma aberta para a ajuda e as oportunidades que virão, deixamos principalmente entrar o amor, lembrando sempre que amor próprio não iguala vaidade ou arrogância, mas sim respeito e a capacidade de amar a nós próprios e a tudo à nossa volta.

            Partilho com vocês uma citação do livro que ficou gravada na minha mente, porque me relembra que em toda a situação não é tudo mau ou bom, por isso a esperança é justificada e deve ser a nossa linha de conduta até à felicidade, uma felicidade que nos é sempre possível obter na realidade que vivemos, porque a vida ama-me, ama-te e ama-nos.

“O amor existe mesmo num mundo em que o medo impera. A abundância existe mesmo quando estamos em carência. A paz existe mesmo quando estamos em conflito. Mesmo quando estamos sós, existe ajuda. Mesmo quando estamos confusos, existe orientação.”

            Numa avaliação geral gostei bastante desta leitura e do modo de escrita, adorei também o facto de vermos bastantes bases religiosas e que mesmo assim seja um livro que se adapta a leitores que não sejam crentes. No entanto não o avaliei com cinco estrelas, isto porque senti um excesso de publicidade a outras obras da Louise Hay, o que não é de todo estranho já que se trata da mesma autora, mas na minha opinião foi em excesso. 

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