"A Lua de Joana" de Maria Teresa Maia Gonzalez (Opinião)

 

                   Joana é uma rapariga de 14 anos, fantástica aluna e com um coração bondoso que procura ajudar os outros e fazer o bem! No entanto, a overdose que matou a sua melhor amiga deixa-a a sentir-se sozinha e sem a sua maior confidente, pois em casa o ambiente familiar não é o melhor. A necessidade de desabafar começa a saturar, então a jovem inicia um conjunto de cartas redigidas na sua lua e dirigidas à falecida Marta, nas quais relata acontecimentos que vão desde o dia a dia na escola, o pai pouco presente, até ao irmão rebelde a quem ela regularmente se refere como o “Traumatizado” ou “Pré-histórico, à mãe que só quer saber da sua loja de roupa e mima demasiado o seu irmão desleixado e à sua avó, que parece ser a única pessoa que quer saber daquilo que se passa e vai acontecendo na vida de Joana.

                Apesar de a morte da amiga a ter abalado muito, no início da história a personagem principal ainda consegue continuar as suas rotinas normais, as boas notas continuam, a equipa de basquetebol é um refúgio para ela e o interesse em fazer melhor e tentar ajudar o próximo continuam, além de visitar regularmente a família de Marta e manter a amizade com Diogo, o irmão mais velho de Marta. Apesar disto, algo dentro dela começa a mudar e é com a morte da avó que tudo se começa verdadeiramente a notar e Joana acaba no mesmo destino que a amiga.

                Ao longo da história vamos acompanhando o percurso de Joana que se torna um abre olhos para todos nós, pois à medida que ela vai mudando tudo o que a rodeia muda com ela. Por exemplo, o quarto que no início era totalmente branco, similar à sua alma pura, com o tempo vai deixando de o ser assim como o interior de Joana. O seu melhor amigo acaba por ser um cão que adotou numas férias com a família, o que demonstra a falta de apoio que sentia principalmente por aqueles mais próximos dela.

                Um livro que nos arrasta para uma realidade com a qual devemos ter todo o cuidado, uma chamada de atenção às famílias e um exemplo que por melhor pessoa que pensemos ser também podemos cair na armadilha que é a droga. Acho que todos os jovens deveriam ler este livro, até porque está na lista do Plano Nacional de Leitura!

                Esta foi a segunda vez que li este livro e fiz com duas intenções principais! A primeira foi a de dar continuidade ao meu desafio #livros.e.minimalismo, já que eu li um livro que possuía, sendo a segunda a de cumprir mais um dos requisitos para o desafio de leitura "Pelos Caminhos de Portugal", que me deu direito ao selo Futebol. 

                  Muito obrigada por lerem esta publicação, visitem ainda o meu Instagram e o canal no Youtube para mais conteúdo!! ❤


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